domingo, 16 de junho de 2013

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM: Texto “AVESTRUZ” (postada por Adriana Franzói)

Ano: 6º. Ano do Ensino Fundamental.
Tempo previsto: 06 aulas.
Conteúdos: conceito de crônica; retomada dos elementos da narrativa (com ênfase no foco narrativo); leitura do texto “Avestruz”, de Mario Prata; roteiro de perguntas e produção escrita.
Competências e habilidades: conhecer o gênero “crônica narrativa”, identificar os elementos narrativos (ênfase no foco narrativo); interpretar um texto pertencente ao gênero em estudo.
Estratégias: estudo do gênero e dos elementos da narrativa; leitura e interpretação do texto “Avestruz”; discussão com os alunos fazendo as devidas intervenções.
Recursos: Cópia do texto; uso de datashow para reprodução dos slides com o conteúdo das aulas e uso da sala de informática.

1ª aula :
 Levantamento do conhecimento prévio e antecipação
HABILIDADES DE LEITURA
Antes da leitura
•  Levantamento do conhecimento prévio sobre o assunto.
•  Expectativas em função do suporte.
•  Expectativas em função do título.
•  Expectativas em função da formatação do gênero (crônica)
•  Expectativas em função do autor Mário Prata.
•  Antecipação do tema ou ideia principal a partir dos elementos paratextuais, como título.
•  Antecipação do tema ou ideia principal a partir do exame de imagens.
•  Definição dos objetivos da leitura.

  1. Apresentação do título;
  2. Você conhece um avestruz? Alguém já viu?
  3. Descreva um avestruz.
  4. Como você imagina que seja um avestruz.
  5. Mostrar a foto de um avestruz e anotar na lousa o que os alunos esperam deste animal
  6. O que você espera de um texto com este nome?
  7. Será que alguém consegue ter um avestruz como animal de estimação?
  8. O texto que apresentarei pertence a que gênero textual?
- será que conta uma história?
- será que é informativo?
- será que tem humor?
  - Será que emociona?
2ª aula : Máxima circulação de informação
Pesquisa direcionada

- Levar os alunos na sala de informática para pesquisar
1-  Animais exóticos de estimação
2-  Leitura do texto: O avestruz é a maior ave do mundo, só que não voa!     Veja 10 curiosidades sobre o bicho
3- Crônica
4- Mário Prata
Finalizar a aula com discussão oral sobre os assuntos pesquisados


3ª  e 4ª aulas
HABILIDADES DE LEITURA
Durante a leitura (compartilhada)
•  Confirmação ou retificação das antecipações ou expectativas de sentido criadas antes ou durante a leitura.
•  Localização ou construção do tema ou da ideia principal.
•  Esclarecimento de palavras desconhecidas a partir de inferência ou consulta a dicionário.
•  Identificação de palavras-chave para a determinação dos conceitos veiculados.
•  Busca de informações complementares em textos de apoio subordinados ao texto principal ou por meio de consulta a enciclopédias, Internet e outras fontes.
•  Identificação das pistas linguísticas responsáveis pela continuidade temática ou pela progressão temática.
•  Utilização das pistas linguísticas para compreender a hierarquização das proposições, sintetizando o conteúdo do texto.
•  Construção do sentido global do texto.
•  Identificação das pistas linguísticas responsáveis por introduzir no texto a posição do autor.
•  Identificação do leitor-virtual a partir das pistas linguísticas.
•  Identificar referências a outros textos, buscando informações adicionais se necessário.
- apresentar o texto em ppt por partes;








O avestruz ( Mário Prata)

O filho de uma grande amiga pediu, de presente pelos seus 10 anos, um avestruz. Cismou, fazer o quê? Moram em um apartamento em Higienópolis, São Paulo. E ela me mandou um e-mail dizendo que a culpa era minha. Sim, porque foi aqui ao lado de casa, em Floripa, que o menino conheceu os avestruzes. Tem uma plantação, digo, criação deles. Aquilo impressionou o garoto. 
1-      Com quem aconteceu o fato narrado?
2-      Quem mora em Higienópolis, São Paulo? Que  classe social pertence as pessoas que  moram  neste bairro?
3-      Quem mora em Floripa? Floripa é um nome carinhoso dado à qual cidade?
4-       O que o menino queria de presente de aniversário de 10 anos?
5-      Por que o presente é inusitado?
6-      “cismou, fazer o quê? Qual é o significado do verbo cismar?
7-      Quem está contando a história? Será que é mulher ou homem?



Culpado, fui até o local saber se eles vendiam filhotes de avestruz. E se entregavam em domicílio. 
1-    Quem está contando a história é homem ou mulher? Como você tem certeza disto?


E fiquei a observar a ave. Se é que podemos chamar aquilo de ave. O avestruz foi um erro da natureza, minha amiga. Na hora de criar o avestruz, Deus devia estar muito cansado e cometeu alguns erros. Deve ter criado primeiro o corpo, que se assemelha, em tamanho, a um boi. Sabe quanto pesa um avestruz? Entre 100 e 160 quilos, fui logo avisando a minha amiga. E a altura pode chegar a quase 3 metros - 2,70 para ser mais exato. 


1-      Qual é a opinião do narrador sobre o avestruz?
2-      Por que ele acha que o avestruz é um erro da natureza?
3-      Será que dá para criar um avestruz em um apartamento?




Mas eu estava falando da sua criação por Deus. Colocou um pescoço que não tem absolutamente nada a ver com o corpo. Não devia mais ter estoque de asas no paraíso, então colocou asas atrofiadas. Talvez até sabiamente para evitar que saíssem voando em bandos por aí, assustando as demais aves normais. 
Outra coisa que faltou foram dedos para os pés. Colocou apenas dois dedos em cada pé. Sacanagem, Senhor! 
Depois olhou para sua obra e não sabia se era uma ave ou um camelo. Tanto é que, logo depois, Adão, dando os nomes a tudo o que via pela frente, olhou para aquele ser meio abominável e disse: Struthio camelus australis. Que é o nome oficial da coisa. Acho que o struthio deve ser aquele pescoço fino em forma de salsicha. 

Pois um animal daquele tamanho deveria botar ovos proporcionais ao seu corpo. Outro erro. É grande, mas nem tanto. E me explicava o criador que os avestruzes vivem até os 70 anos e se reproduzem plenamente até os 40, entrando depois na menopausa. Não têm, portanto, TPM. Uma fêmea de avestruz com TPM é perigosíssima! 
Podem gerar de dez a 30 crias por ano, expliquei ao garoto, filho da minha amiga. Pois ele ficou mais animado ainda, imaginando aquele bando de avestruzes correndo pela sala do apartamento. 


1-      Você acha que  a pessoa que conta a história acredita em Deus? Por quê?
2-      Por que será que mesmo sendo ave, o avestruz não voa?
3-      Struthio camelus australis  é o nome do quê?
4-       Quantos dedos o avestruz tem no pé?
5-      Com que é comparado o pescoço do avestruz?
6-      Até quantos anos podem viver os avestruzes?
7-      “Uma fêmea de avestruz com TPM é perigosíssima!”  Explique o que o autor quis dizer com isto.
8-      Neste trecho, “Podem gerar de dez a 30 crias por ano, expliquei ao garoto, filho da minha amiga.” Qual era a intenção do narrador?
9-      Entretanto, o menino ficou mais animado, por quê?







Foi quando descobri que eles comem o que encontram pela frente, inclusive pedaços de ferro e madeiras. Joguinhos eletrônicos, por exemplo. Máquina digital de fotografia, times inteiros de futebol de botão e, principalmente, chuteiras. E, se descuidar, um mouse de vez em quando cai bem. 

1-      E agora? Será que o menino ainda vai querer um avestruz?
2-      Qual foi o argumento utilizado pelo homem para convencer o garoto?
3-      Por que ele falou em em: times de futebol de botão, jogos eletrônico, mouse?
4-      Como você acha que vai terminar a história?
5-      Se  você fosse o menino, você trocaria o avestruz por qual outro presente?





Parece que convenci o garoto. Me telefonou e disse que troca o avestruz por cinco gaivotas e um urubu. 

Pedi para a minha amiga levar o garoto a um psicólogo. Afinal, tenho mais o que fazer do que ser gigolô de ave.


1-      Qual foi a decisão do menino?
2-      Esta troca é normal ou inusitada? Por quê?
3-      Assim o autor criou um humor. Ele quebrou a expectativa do leitor. Você concorda com isto?
4-      Se o autor tivesse escolhido  para a troca um cachorro, ou gato , criaria o mesmo efeito no texto?
5-      O que o autor quis dizer com “gigolô de ave”



5ª e 6ª aulas
HABILIDADES DE LEITURA
Depois da leitura
•  Construção da síntese semântica do texto.
•  Troca de impressões a respeito dos textos lidos, fornecendo indicações para sustentação de sua leitura e acolhendo outras posições.
•  Utilização, em função da finalidade da leitura, do registro escrito para melhor compreensão.
•  Avaliação crítica do texto.





PRODUÇÕES DO ALUNO A PARTIR DO TEXTO
I-                   Quanto à linguagem oral

1-      Debate sobre as impressões da leitura do texto e sobre a finalidade  da mesma.
2-      Por que o texto está inserido no gênero crônica?
3-      Este texto é verossímil?
4-      Você lembrou-se de algum texto ou filme a partir da leitura da história?
5-      Você gostou da leitura? Ela foi divertida?
6-      A linguagem do texto é fácil?
7-      Você recomendaria esta leitura para quem?
II-                 Quanto à linguagem escrita:
1-      Reescrever  a crônica , mudando o foco narrativo
- aluno reescreve  a história a partir do  ponto de vista do garoto.
III-             Outras linguagens:
Propor uma encenação aos alunos.

IV-              OUTRAS LEITURAS

Filme: Pinguim do Papai

BIBLIIOGRAFIA

  1. Kleiman, Angela. Oficina de Leitura: teoria e prática. Campinas, SP: Pontes, 3ª
    1. edição, 1993.

  1. http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/producoes_pde/md_marli_aparecida_tiene_cruz.pdf
  2. Projeto tecendo leituras da Secretaria de Estado da Educação de São Paulo – 2005
  3. DOLZ, Joaquim; SCHNEUWLY, Bernard. Gêneros e progressão em expressão oral e escrita – elementos para reflexão sobre uma experiência suíça (francófona). In: Gêneros orais e escritos na escola. Campinas: Mercado das Letras, 2010.
  4. ROJO, R. H. R. (2002) A concepção de leitor e produtor de textos nos PCNs: “Ler é melhor do que estudar”. In M. T. A. Freitas & S. R. Costa (orgs) Leitura e Escrita na Formação de Professores, PP.31-52. SP: Musa/ UFJF/INEP-COMPED.
  5. Caderno do professor. Língua Portuguesa: ensino fundamental. 5ª. série. 1º. Bimestre/Eliane Aparecida Aguiar – São Paulo: SEE, 2008.



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